O clima típico da região dos cerrados é quente, semi-úmido, com verão chuvoso e inverno seco. Os solos são geralmente muito antigos, quimicamente pobres e profundos.
A paisagem do cerrado é caracterizada por extensas formações savânicas, interceptadas por matas ciliares ao longo dos rios e nos fundos de vale.
Estudos, estimam o número de espécies vegetais em torno de 10 mil; e que mais de 1.600 espécies de mamíferos, aves e répteis já foram identificados nos ecossistemas de cerrado.
O relevo do Cerrado é em geral bastante plano ou suavemente ondulado, estendendo-se por imensos planaltos ou chapadões. Cerca de 50% de sua área situa-se em altitudes que ficam entre 300 e 600 m acima do nível do mar; apenas 5,5% vão além de 900m.
Fruta-de-lobo
Representa 40% da alimentação do Lobo-guará. O alimento ajuda na sua digestão e serve como um vermífugo natural contra uma parasitose renal e na ausência deste fruto, o animal morre.
Cipó-de-são-joão
De suas flores faz-se xarope para a tosse.
Ipê do Cerrado
Flor do Pequi
É bastante disseminada na medicina popular regional a utilização do óleo do pequi adicionado ao mel de abelha contra gripes e bronquites.
Pára-tudo
Abundante flor do cerrado de rara beleza.
Tucaneira (ou Pau-de-tucano)
ANIMAIS DO CERRADO
Entre os invertebrados, os mais notáveis são os cupins e as formigas cortadeiras (saúvas). São eles os principais herbívoros do cerrado, tendo uma grande importância no consumo e na decomposição da matéria orgânica, assim como constituem uma importante fonte alimentar para muitas outras espécies animais. Abelhas também têm papel fundamental na polinização das flores e gafanhotos apresentam grande riqueza de espécies e significativa importância como herbívoros.
Entre as aves do cerrado destacam-se: andorinha, anu-preto, anu-branco, azulão, beija-flor, bem-te-vi, canário-da-terra, chupim, codorna, coruja, gavião-carrapateiro, gavião carcará (caracará), gavião-pomba*, gralha, joão-de-barro, macuco*, maritaca, mergulhão*, mutum*, papagaio*, pássaro-preto, perdiz, pica-pau*, quero-quero, rolinha, sabiá*, seriema, tiziu, tucano (tucanuçu), urubu-preto.
Entre os animais, destacam-se: anta, capivara, cateto, queixada, paca, onça-parda*, onça-pintada*, jaguatirica*, lobo-guará*, cachorro-do-mato*, gambá, preguiça*, lontra*, tatu-bola*, tatu-canastra*, preá, tamanduá*, veado-campeiro*, calango, teiú, sauá*, guariba*, sagüi*, cobra-coral verdadeira e falsa, cobra-cipó, jibóia, urutu, cascavel, jararaca e morcego.
* ameaçados de extinção
VEGETAÇÃO DO CERRADO
As árvores do cerrado são muito peculiares, com troncos tortos, cobertos por uma cortiça grossa, cujas folhas são geralmente grandes e rígidas. Os troncos tortos podem ser considerados como um efeito do fogo no crescimento dos caules, impedindo-os de se tornarem retilíneos pois pelas mortes de sucessivas gemas terminais e brotamento de gemas laterais, o caule acaba tomando uma aparência tortuosa. A espessa camada de súber (tecido formado por células mortas) que envolve troncos e galhos no Cerrado é outra característica interpretada como uma adaptação ao fogo. Agindo como isolante térmico, o súber impediria que as altas temperaturas das labaredas atingissem os tecidos vivos mais internos dos caules. Muitas plantas herbáceas (porte de erva) têm órgãos subterrâneos, onde são armazenados água e nutrientes. Cortiça grossa e estruturas subterrâneas podem ser interpretadas como algumas das muitas adaptações desta vegetação, que lhe permite subsistir às secas e às queimadas periódicas a que é submetida, protegendo as plantas da destruição e capacitando-as para rebrotar após o período de estiagem e/ou após o fogo. Dentro do solo, a 1, 2, 5 cm de profundidade, a temperatura pode elevar-se apenas em alguns poucos graus. Uma pequena camada de terra é suficiente para isolar termicamente todos os sistemas subterrâneos que se encontram sob ela, fazendo com que mal percebam o fogaréu que lhes passa por cima. Graças a isto, estas estruturas conseguem sobreviver e rebrotar poucos dias depois, como se nada houvesse acontecido.
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