Mamíferos do Cerrado
Se bem que ainda incompletamente conhecida, a flora do Cerrado é riquíssima.Tomando uma atitude conservadora, poderíamos estimar a flora do bioma do cerrado como sendo constituída por cerca de 3.000 espécies, sendo 1.000 delas do estrato arbóreo-arbustivo e 2.000 do herbáceo-subarbustivo. Como famílias de maior expressão destacamos as Leguminosas (Mimosaceae, Fabaceae e Caesalpiniaceae), entre as lenhosas, e as Gramíneas (Poaceae) e Compostas (Asteraceae), entre as herbáceas.
Em termos de riqueza de espécies, esta flora deve ser superada apenas pelas florestas amazônicas e pelas florestas atlânticas. Outra característica sua é a heterogeneidade de sua distribuição, havendo espécies mais típicas dos Cerrados da região norte, outras da região centro-oeste, outras da região sudeste etc. Por esta razão, unidades de conservação, com áreas significativas, deveriam ser criadas e mantidas nas mais diversas regiões do Domínio do Cerrado, a fim de garantir a preservação do maior número de espécies da flora deste Bioma, bem como da fauna a ela associada.
Em termos de riqueza de espécies, esta flora deve ser superada apenas pelas florestas amazônicas e pelas florestas atlânticas. Outra característica sua é a heterogeneidade de sua distribuição, havendo espécies mais típicas dos Cerrados da região norte, outras da região centro-oeste, outras da região sudeste etc. Por esta razão, unidades de conservação, com áreas significativas, deveriam ser criadas e mantidas nas mais diversas regiões do Domínio do Cerrado, a fim de garantir a preservação do maior número de espécies da flora deste Bioma, bem como da fauna a ela associada.
A fauna do Bioma do Cerrado é pouco conhecida, particularmente a dos Invertebrados. Seguramente ela é muito rica, destacando-se naturalmente o grupo dos Insetos. Quanto aos Vertebrados, o que se conhece são, em geral, listas das espécies mais freqüentemente encontradas em áreas de Cerrado, pouco se sabendo da História Natural desses animais, do tamanho de suas populações, de sua dinâmica etc. Só muito recentemente estão surgindo alguns trabalhos científicos, dissertações e teses sobre estes assuntos.
Entre os Vertebrados de maior porte encontrados em áreas de Cerrado, citamos a jibóia, a cascavel, várias espécies de jararaca, o lagarto teiú, a ema, a seriema, a curicaca, o urubu comum, o urubu caçador, o urubu-rei, araras, tucanos, papagaios, gaviões, o tatu-peba, o tatu-galinha, o tatu-canastra, o tatu-de-rabo-mole, o tamanduá-bandeira e o tamanduá-mirim, o veado campeiro, o cateto, a anta, o cachorro-do-mato, o cachorro-vinagre, o lobo-guará, a jaritataca, o gato mourisco, e muito raramente a onça-parda e a onça-pintada.
O Cerrado caracteriza uma vegetação predominante em grande parte do território brasileiro. Já chegou a ocupar um quarto da área do país, cobrindo dez estados, mas hoje resta menos de 20% dessa totalidade.
A presença das três bacias hidrográficas, que são as maiores da América do Sul, Tocantins-Araguaia, São Francisco e Prata, favorecem a biodiversidade da fauna e flora.
A partir desses dados, vamos restringir o foco de observação e análise na zoogeografia do Cerrado, ou seja, o potencial faunístico desse domínio fantástico.
A seguir veremos uma série de animais mamíferos que transitam nos variados subsistemas do Cerrado:
A presença das três bacias hidrográficas, que são as maiores da América do Sul, Tocantins-Araguaia, São Francisco e Prata, favorecem a biodiversidade da fauna e flora.
A partir desses dados, vamos restringir o foco de observação e análise na zoogeografia do Cerrado, ou seja, o potencial faunístico desse domínio fantástico.
A seguir veremos uma série de animais mamíferos que transitam nos variados subsistemas do Cerrado:
Anta (Tapirus terrestris)
Peso adulto entre 140 a 250 kg, locomove em todos os subsistemas do Cerrado, embora encontra-se com maior frequência em subsistemas de veredas e ambientes alagadiços e matas ciliares. Segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), esta espécie encontra-se vulnerável (VU, Vulnerable).
Ariranha (Pteronura brasiliensis)
Peso adulto de 20 kg, transita em mata ciliar. Segundo a IUCN, encontra-se em perigo (EM, Endangered).
Bugio-preto ou guariba (Alouatta caraya)
Peso adulto: 8 a 10 kg, apresenta-se no subsistema de mata ciliar. Segundo a IUCN, está em risco mínimo de extinção (LC, Least Concern).
Cachorro-do-mato (Cerdocyon thous)
Peso adulto: 8 kg, transita no subsistema de campo e cerrado. Segundo a IUCN, também está em risco mínimo de extinção.Cangambám ou Jaratataca (Conepatus semistriatus)
Peso adulto: 1 kg, transita nos subsistemas de campo e cerrado. Risco mínimo de extinção.Capivara (Hydrochoerus hydrochaeris)
Peso adulto: 60 a 70 kg, apresenta-se nos subsistemas de veredas e ambientes alagadiços e em matas ciliares. Risco mínimo de extinção.
Cervo (Blastocerus dichotomus)
Peso adulto: 100 kg, apresenta-se com maior frequência nos subsistemas de campo, veredas e ambientes alagadiços, mata e mata ciliar. Segundo a IUCN, vulnerável (VU, Vulnerable).Cuíca (Philander opossum)
Peso adulto: 4 kg, transita em todos os subsistemas. Risco mínimo de extinção.Gambá (Didelphis albiventris)
Peso adulto: 1 kg, transita nos subsistema cerradão e mata. Risco mínimo de extinção.
Gato-maracajá (Leopardus wiedii)
Peso adulto: 6 kg, transita na mata. Segundo a IUCN, é ume espécie quase ameaçada (NT, Near Threatened).
Gato-mourisco (Puma yagouaroundi)
Peso adulto: 10 kg, transita nas veredas e em ambientes alagadiços. Risco mínimo de extinção.
Gato-palheiro (Leopardus colocolo)
Peso adulto: 3 kg, transita no subsistema de cerrado. Espécie quase ameaçada (NT, Near Threatened).
Irara (Eira barbara)
Peso adulto: 8 kg, transita nos subsistemas de mata, mata ciliar. Risco mínimo de extinção.Jaguatirica (Leopardus pardalis)
Peso adulto: 15 kg, apresenta-se no cerrado, cerradão, mata e mata ciliar. Risco mínimo de extinção.
Lobo-guará (Chrysocyon brachyurus)
Peso adulto: 20 kg, transita nos subsistema de campo, cerrado e mata ciliar. Espécie quase ameaçada (NT, Near Threatened).Lontra (Lontra longicaudis)
Peso adulto: 10 kg, transita na mata ciliar. Dados insuficientes relativos ao seu status de conservação (DD, Data Deficient).Mão-pelada (Procyon cancrivorus)
Peso adulto: 15 kg, transita no subsistema de mata ciliar. Risco mínimo de extinção.
Onça-pintada (Panthera onca)
Peso adulto: 80 a 100 kg, transita nos subsistemas de cerradão, mata e mata ciliar. Espécie quase ameaçada.
Ouriço-cacheiro (Coendou prehensilis)
Peso adulto: 6 a 8 kg, transita no cerradão, mata, mata ciliar, veredas e ambientes alagadiços. Risco mínimo de extinção.
Paca (Cuniculus paca)
Peso adulto: 6 a 8 kg, transita no subsistema de mata ciliar. Risco mínimo de extinção.
Porco-do-mato, ou queixada (Tayassu pecari)
Peso adulto: 35 a 40 kg, transita pelos subsistemas do cerrado, cerradão, mata e mata ciliar. Espécie quase ameaçada.
Quati (Nasua nasua)
Peso adulto: 5 kg, transita nos subsistemas de cerradão e mata. Risco mínimo de extinção.Raposa-do-campo (Pseudalopex vetulus)
Peso adulto: 8 kg, transita no subsistema de campo. Risco mínimo de extinção.Suçuarana (Puma concolor)
Peso adulto: 60 kg, apresenta-se nos subsistemas de campo, cerrado, cerradão, mata e mata ciliar. Risco mínimo de extinção.Tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla)
Peso adulto: 25 a 30 kg, transita em subsistema de campo e cerrado. Situação da espécie: vulnerável.Tamanduá-mirim (Tamandua tetradactyla)
Peso adulto: 5 a 8 kg, transita em todos os subsistemas, mas apresenta-se com maior frequência no campo. Risco mínimo de extinção.Tatu-canastra (Priodontes maximus)
Peso adulto: 30 kg, é encontrado nos subsistemas de campo, cerrado, cerradão e mata ciliar. Situação da espécie: vulnerável.
Tatupeba (Euphractus sexcinctus)
Peso adulto: 3 a 4 kg, transita em campo e cerrado. Risco mínimo de extinção.Tatu-bola (Tolypeutes tricinctus)
Peso adulto: 2 a 3 kg, transita nos subsistemas de campo e cerrado. Situação da espécie: vulnerável.Tatu-galinha (Dasypus novemcinctus)
Peso adulto: 6 a 8 kg, transita no subsistema de campo, cerrado, cerradão e mata ciliar. Risco mínimo de extinção.Tatu-rabo-mole (Cabassous unicinctus)
Peso adulto: 3 kg, apresenta-se em subsistemas de campo e cerrado. Risco mínimo de extinção.Veado-catingueiro (Mazama gouazoubira)
Peso adulto: 20 kg, transita no subsistema do cerradão, mata e mata ciliar. Risco mínimo de extinção.Veado-campeiro (Ozotoceros bezoarticus)
Peso adulto: 40 a 60 kg, transita com maior frequência no subsistema de campo e cerrado. Espécie quase ameaçada de extinção.
Veado-mateiro (Mazama americana)
Peso adulto: 25 a 30 kg, transita no subsistema de cerradão, mata e mata ciliar. A IUCN não possui dados suficientes para avaliar seu status de conservação - (DD, Data Deficient).
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